Na bioestratiografia utiliza-se foraminíferos bentônicos
e planctônicos através do biozoneamento,a maioria dos trabalhos foram realizados
por Ericson & Wollin (1968).
Os foraminíferos apresentam uma rápida proliferação e
evolução, bem como ampla distribuição geográfica e fácil reconhecimento
morfológico, permitindo sua utilização como marcadores bioestratigráficos
(ANTUNES & MELO. 2001)
O reconhecimento do
valor bioestatigráfico dos foraminíferos teve inicio apena no final do século
XIX, em função de demanda da industria do petróleo e a necessidade de datação
das seções de poços para posterior comparação com os extratos aflorantes.
Devido ao seu pequeno tamanho, os microfósseis apresentam
diversas particularidades em termos de tafonomia. A dissolução se constitui em
um dos principais fatores que afetam os microfósseis de parede calcária, já que
a sua preservação é afetada pela solubilidade do carbonato de cálcio e,
consequentemente, causa grandes perdas no registro microfossilífero já que seu
tamanho reduzido proporciona uma dissolução mais rápida e muitas vezes
completa. A solubilidade do carbonato de cálcio depende de vários fatores
dentre os quais a saturação do íon CO3-2, temperatura, concentração de CO2 e
pressão hidrostática (Molina 2004).
De acordo com os estudos feitos na Bacia de Campos, houve
uma boa correlação de organismos bentônicos com a de organismos planctônicos de
Vicalvi (2001).Observou-se que comportamento das frequências das espécies que
compõem estas biofácies sugere a existência de um controle climático sobre a
sua distribuição ao longo das seções estudadas, o qual estaria fortemente
relacionado aos episódios de resfriamento e aquecimento (estágios glaciais e
interglaciais) do último ciclo glacial quaternário. (Valquíria 2010).
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Bacia de Campos, e as reservas de petróleo. |
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