domingo, 9 de junho de 2013

Por que do Interesse da industria petrolífera sobre os Foraminíferos?

   Observa-se nos últimos anos um interesse cada vez maior das indústrias petrolíferas no conhecimento e estudo sobre a evolução da vida, linha de pesquisa da paleontologia.
   As bacias sedimentares são fundamentais no processo de formação do petróleo, resultado do acúmulo de sedimentos – detritos – de matéria orgânica, substâncias químicas de rochas mais antigas e microrganismo marinhos que habitavam os grandes mares antigos na época da pangeia(Permo-Triássico). Conforme os sedimentos vão sendo acumulados na bacia, há aumento da pressão e da temperatura através do núcleo da terra que possui uma temperatura elevada incidindo sobre a matéria já depositada, resultando, ao longo do tempo, na formação do petróleo.

   
Esquema demonstra bacia sedimentar.
   Em meados do século 19 Reuss atribuiu valor estratigráfico aos foraminíferos, estes são protozoários que surgiram no período cambriano, habitavam ambientes salobros e marinhos e ainda vivem nos oceanos até os dias de hoje. Porém, foi somente no final do século 19 que estes microfósseis passaram a ser aplicados na bioestratiografia, devido a demanda da indústria do petróleo.
   Devido ao seu caráter cosmopolita, os foraminíferos atualmente são amplamente utilizados em análises biocronoestratigráficas como uma ferramenta de correlação de precisão e de datação relativa.
   No entanto, para tal análise, faz-se necessário compreender qual a relação entre a localização das bacias petrolíferas e a ocorrência de microfósseis nestas regiões.
   Diante da importância dos foraminíferos na identificação de bacias de hidrocarbonetos, reforça-se a necessidade de se conhecer e avaliar a potencialidade destes como indicadores dos parâmetros de temperatura, circulação oceânica e produção biológica na reconstrução da história das bacias brasileiras do Atlântico sudoeste.
   Vale ressaltar que os foraminíferos se dividem em grupos e estes possuem um número significativo de espécies. Logo, este trabalho pretende identificar os principais grupos foraminíferos utilizados na análise biostratigráfica das bacias sedimentares petrolíferas, além de explicar o processo de biogênese da formação dos hidrocarbonetos, determinado o início da formação das principais bacias sedimentares petrolíferas. Ressalta-se também a necessidade de descrever a caracterização qualitativa e quantitativa de associações de foraminíferos.
   Nos últimos anos nota-se um investimento cada vez maior das indústrias petrolíferas no estudo de microfósseis foraminíferos. Isto vem comprovar como a paleontologia tem contribuído para as respostas de algumas destas questões. Nota-se que quando a paleontologia se relaciona com outras ciências tais como a geologia, novas formas de conhecimento de ordem prática são criadas.
   O estudo dos microfósseis se torna importante não só na compreensão do processo evolutivo das espécies, mas também na descoberta de novas bacias de petróleo contribuindo e influenciando de forma significativa na economia de regiões e países.
    Porém infelizmente os investimentos ainda não são como esperados, mas já há iniciativas, como na UNISINOS-RS em que a Petrobrás junto com a universidade, criou um laboratório para tal pesquisa, no vídeo abaixo podemos conferir uma reportagem sobre o assunto:


    

Um comentário:

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